Em uma comunidade onde fé e tradição se entrelaçam, Mãe Linda D’Odé, ou simplesmente "Linda", constrói uma trajetória marcada por desafios e mistérios. Mãe de Shai e Magppi, ela mantém viva a força de sua ancestralidade enquanto enfrenta olhares críticos e desafios diários ao lado de Marcelo, seu esposo e parceiro de jornada.
Marcelo, embora discreto, é o alicerce que sustenta o lar. Com dedicação silenciosa, ele e Linda equilibram os sacrifícios necessários para oferecer às filhas um futuro digno, sem jamais abrir mão do axé que une a família. Entre o cotidiano de trabalho e os momentos sagrados, ambos mantêm viva a chama do sonho: formar as filhas para que elas trilhem caminhos próprios, honrando suas raízes.
Shai, a filha mais velha, escolheu seguir os passos da avó e do axé, preparando-se para se tornar mãe de santo, carregando consigo a espiritualidade e os mistérios que envolvem a função. Já Magppi trilha outra rota, buscando no estudo e na criatividade uma forma de expressão que, embora distinta, também reverbera o axé da família.
Nem todos veem Linda com bons olhos. Sua independência e autenticidade desagradam alguns pais e mães de santo, mas ela segue firme, movida pela fé e pela certeza de que sua caminhada é guiada pelos orixás. Entre os tambores e os silêncios do terreiro, paira uma sensação de que sua história ainda guarda reviravoltas e segredos.
Essa narrativa, carregada de força e emoção, é um convite a refletir sobre o poder do legado e a resiliência de quem vive pela fé. Com orgulho, eu, Cassiano Justo, assino esta coluna, trazendo à luz histórias que conectam o sagrado e o humano.
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